Conheço um empresário do ramo de educação, com algumas escolas de idiomas no Vale do Paraíba e em São Paulo (capital), que tem um perfil incomum entre a maioria dos empresários da área de serviços.
– Participa de todos os treinamentos que contrata para suas equipes, o que é surpreendente, pois muitos sequer sabem o que aconteceu na sala de aula ou o que o consultor contratado disse aos seus funcionários.
– Discute o conteúdo dos programas e/ou consultorias que contrata, com postura aberta e colaborativa, ou seja, não se aliena do processo como se não fosse com ele, nem fiscaliza policialmente como se consultores externos fossem, no fundo, mais doença que remédio.
– Ouve suas equipes e as estimula a opinar.
Mas o que é mesmo corajoso é que aleatoriamente aborda alunos de suas escolas nos corredores e lhes pergunta com muita simpatia, mas também muita assertividade:
“Me conte uma coisa, com franqueza. Está valendo a pena o dinheiro que você paga aqui na nossa escola?”
Isso mesmo… direto, claro, honesto.
Alguns alunos se surpreendem, outros até titubeiam, mas diante da atitude acolhedora e franca, dizem o que pensam, o que acham bom, o que gostariam que melhorasse ou mudasse.
Lido assim, num texto como este, pode parecer algo simples. Porém pergunto: quantos empresários você conhece que tem coragem para perguntar isso aos seus clientes?
E mais, quanto EFETIVAMENTE o fazem? Não através de terceiros. Digo eles próprios, pessoalmente, como fazia o saudoso Rolim Amaro da TAM.
É claro que é este que conheço é um empresário de sucesso.
Mas não só por saber negociar, gerenciar, controlar, administrar, etc.
Acima de tudo ele (e sua empresa) tem sucesso por saber prestar serviço com inteligência e ter coragem para se expor.
Difícil, incomum, porém altamente salutar para relações profissionais produtivas.